Onde tudo começou - Donde nos esqueçemos




Como diria Levi Strauss, não vivemos a pós-Modernidade. Vivemos a consequência da veloz Modernidade.
Fausto, de Goethe, escapou-se-nos. Não há heróis.
Posso eu salvar o mundo, se nem de mim me salvo?
E os relógios apressados não param. E nós filhos das estrelas, cujos anos-luz, nos devolvem a falsa existência, acreditamos.
Em qualquer coisa, ou em nada.
Está na essência do "Eu" em "Mim". Do tu em todos. Está num genoma que nos parece comum na espécie.
Que espécie de ser é este, que existir, que sentido?
Tragam-me os biólogos todos do mundo. Que me ensinem a vida. Que me mostrem os retículos endoplasmáticos das palavras, lisas ou rugosas. Que disso pouco sei.
Que pouco sei do mundo. Que já me esqueci de me lembrar.
Que voltem todas as biologias, que me decifrem as psicologias, que me traduzam as filosofias.
Que de poesia nada sei.
Não sei escrever poemas em linha recta. Que me trocam as voltas, nas voltas ao virar da esquina.
E hoje é realmente quarta-feira. Das cinzas talvez.
Amanhã, que é quinta-feira, haja fogo outra vez.

3 comentários:

Teresa Durães disse...

por vezes existe 1 (numerário, unidade) que sabe. que marca. 1.
que modifica.
não sou desses. sei que posso modificar. duas pessoas. os meus dois filhos.

mas existiu 1 buda. 1 moisés. 1 cristo. 1 maomé. 1 gandhi.

alguns músicos, filósofos, escritores poetas, pintores.

e depois temos o reverso.

políticos. imperadores. reis.

mas se as verdades e mentiras dão-nos os conceitos, o mundo não quer ser salvo. nem não salvo. É apenas.

Não há sentido. Nem não há. É

eu sou disse...

Bom dia !!!

Realmente, É. Mas Permita-me discordar num ponto. Diz que não é dos que modificam. Apenas pode modificar os seus filhos. Penso que todos nos modificamos. Pois interagimos. Toda a acção pressupõe uma reacção.

Por exemplo, quando comenta o meu blog, está a modificar-me. Está a fazer-me reflectir sobre o que está escrito, sobre o que foi pensado.

Portanto, obrigada pelos comentários !!!

Teresa Durães disse...

tem razão, nos nosso contactos diários influenciamo-nos uns aos outros. mas comparava-me aos políticos, ou filósofos ou aos tais 1. Não sou dessas!

(não sei porque raio escrevi no masculino, sou mesmo uma ela, Teresa) :))