O desespero

 




"... o amor é criança.
Por isso não pensa."

Pedro Branco


É bom o pensar de criança.
Cruel, por vezes.
Mas puro.
Doce. Sem mágoa.
Sem a panóplia de desamores,
que nos trespassa.
E passa.
Tudo passa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Desesperado entrou em si e chorou... Vasculhou os beijos perdidos; tentou sentir se ainda havia calor nos abraços; cantarolou uma melodia para acordar os sonhos; deixou-se despido na espera de algo. Mas nada aconteceu. Foi então que ela o viu e lhe disse: "Não te mexas." Tirou-lhe uma fotografia e mostrou-a ao mundo. Então ele levantou os olhos e viu-se. Sorriu. Porque as marcas dos beijos ainda estavam lá; porque o corpo ainda corava do calor dos abraços; porque os seus olhos brilhando de lágrimas dançavam os sonhos de voltar a acreditar. "Obrigado." Ter-lhe-á dito, baixinho. Beijou-a; abraçou-a e cantou-lhe uma cantiga pequenina. Depois continuou a viver.